terça-feira, 9 de maio de 2017

A Privacidade dos Ídolos

Filosofeiro e pretenciosamente pensante! - 
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Eu sempre fui cheio de ídolos.
Mas, eu sempre soube separar o que os ídolos
Pregavam em suas obras,
Desde que eu as respeitasse de sobra...
De suas vidas particulares,
Seus pessoais altares...
Obviamente, eu sempre me guiava,
Sempre me orientava,
Pelos discursos no palco.
Nunca me interessei pela privada deles.
Sempre entendi eram só deles.
Cada um que fizesse
O que quisesse,
Desde que arrasasse no palco.

Lembro-me de ter que brigar com alguns amigos,
Que chegavam me dizendo que fulano fez isso,
Que beltrana fez aquilo.
E eu perguntava : e daí?
Aguardava o próximo trabalho,
Para ver se tinha havido alguma influência negativa,
Alguma decaída, alguma escorregada,
Devido ao fato relatado.
Se o trabalho continuasse a me arrepiar,
Mantinha a pergunta: E daí?

Bethânia, que sempre foi meu ponto de referência,
Era massacrada na década de setenta,
Por seu comportamento,
Por seu temperamento
Insuportavelmente difícil,
Hostil,
Agressiva,
Intempestiva....
Até que virou a maior intérprete da Nação
Mas, eu, em momento algum troquei de mão.





"Estado de Poesia"





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Trabalho nº 3.775

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