sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Interdição Perpétua

Resultado de imagem para imagens surreais


Há quem se acomode no negativo,
Como se não houvesse infinito.
Como se fosse bonito.
Como se não houvesse o infinitivo,
Com todas as suas possibilidades.
É um leito feito de arbitrariedades...

Um quarto escuro,
Cercado de eletrificados muros.
Em muitos casos, é a solidão a dois.
Tudo para se ter um ninho?
Mas, nunca se esteve tão sozinho.
Que medo é esse do depois?

Paira sobre essas cabeças um incômodo visível,
Palpável, lamentável.
Parece haver um prazer em estar nas mãos do instável.
Não é pela segurança material,
Pois essa inexiste.
O que existe é um perpétuo dedo em riste.
Uma tensão terrível.

Eu pergunto: cara pálida, e o afeto?
O que foi feito do afeto?
Quem foi que lhe disse que vale a pena viver assim?
Para que? Por que, viver assim?
Sem um pingo de paixão,
Nem de consideração.
Mas, que raio de união é essa?
Que medonha aquarela!!!
Sem ar, sem água,
Só mágoa!
Sem brisa,
Interditada pista!



"Já conheço os passos dessa estrada"



Resultado de imagem para imagens surreais

Trabalho nº 3.332

Nenhum comentário: