Sem qualquer sombra de dúvida, este maio
Está sendo um dos mais pesados de minha história,
Se é que não me trai a memória.
Está me fazendo um violento estrago.
Alguns castelos se incendiaram
E desabaram.
O físico rebelou-se,
Amotinou-se.
Não está querendo me ouvir.
… E eu só posso sentir.
Tenho alguma ideia do que está me acontecendo,
Do que, interiormente, está se sucedendo.
Sei que todo lixo deve ser removido.
Tudo que não contribui para o sideral destino.
Mas, está sendo empregada uma violência,
Que é um verdadeiro atentado à consciência.
Já afirmei, mais de uma vez, que detesto esse critério,
Esse método de se me revelarem os mistérios…
A brutalidade me mantém encurralado,
Em meu canto acuado.
Se entendi direito,
Essa madrugada houve uma liquefação do entulho,
Que estava me danificando,
Prejudicando, atrasando,
O peito,
O meu mundo.
Sim, assustador,
Devastador!
Ainda mais para quem vive sozinho,
Apenas com a companhia dos animais/filhos!
Só que tem que eu aboli de meu enredo,
O medo.
Nada,
Absolutamente nada,
Temo.
Ouvidos à morte, concedo.
Temos uma estreita amizade,
Inclusive, recomendada pela eternidade.
O que acontecerá agora, qual será o meu rumo,
Não sei.
O que sei
É que estou nas mãos do profundo.
"Batidas na porta da frente, é o tempo"
https://www.youtube.com/watch?v=5oWS2Y5Nbu8
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