sábado, 24 de outubro de 2015

Claudia Omitsu


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Claudia  ainda é menina.
Uma ingênua, irritantemente linda...
Aceitou tudo que lhe ensinaram.
Acatou tudo que lhe apontaram...
Só que nada daquilo lhe coube.
Nada lhe soube,
De fato.
Na verdade a sua existência já é um desacato.
Está cercada de friezas
E de abomináveis "espertezas".
Guarda a sua casa,
Mantendo dobrada a sua asa...
Passa por cima de quase tudo.
Tem medo do profundo...
Tem medo de quase tudo
No mundo.
É que este não lhe tem sido
Exatamente solicito...
Cobranças demais.
Problemas demais...
Carinho nenhum...
Afeto, não se lembra de recebido algum...
Ingratidão em excesso,
Minando o seu pessoal progresso.

Mas, tem um mundo só dela.
Povoado de sonhos românticos,
Mântricos...
Sim, é toda romântica a sua aquarela.
E, ali sonha com um resgate sensacional,
Cinematográfico,
Ávido,
Providenciado por um belo cavalheiro,
Que, de toda porcaria, a livrará por inteiro.




"Fonte de mel, nos olhos de gueixa"





Trabalho nº 2733

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