terça-feira, 22 de setembro de 2015

Empolgação Burra




Toda vez que eu tiro o pé do chão,
Que esqueço da minha real condição,
Eu perco altitude.
Afasto-me da plenitude.
Esta precisa da verdade,
De todos os dados,
Das consequências de todos os atos.
Precisa de sinceridade!

Por vezes me empolgo com algum aceno da sociedade.
Desando a abanar o rabinho, todo contente.
Porém, invariavelmente,
Volto pro meu canto, depois de ter ultrajada a sensibilidade.
Estou cada vez mais inconformado,
Mais indignado,
Com os caminhos escolhidos pela humanidade,
Pela total ausência de humanidade.

Não aceito de forma alguma,
Ignorar a altura.
Sei o que sinto.
O que aprendi com meu destino.
Não posso fingir que desaprendi,
O que até agora compreendi.
Não posso retroceder,
Apenas para conviver.

Há um dito popular: "cada macaco no seu galho".
Pois é, o meu é junto ao encantado.


"Eu pus os meus pés no riacho e acho que nunca os tirei"


















Trabalho nº 2662

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