quarta-feira, 1 de abril de 2015

Moleza

 

 
Já não tenho mais saúde para me desesperar.
Sou obrigado a me segurar.
Pelo menos, enquanto aguentar,
Enquanto conseguir me enlevar.
Reafirmo: inexiste a possibilidade
De voltar à mediocridade.
Os degraus desapareceram.
Apenas, os de subida, me atenderam.

Tenho que confiar
Sem demonstrar.
Seguir como se nada esperasse.
Como se, desesperadamente, não desejasse...!
Moleza,
Pra quem aprendeu a cavalgar a tristeza!

Ah! Se não fosse a floresta,
Que puxa minha alma para a festa
De expandir a percepção...
Já teria parado meu coração.

Paguei e pago um preço abusivo
Para me manter vivo,
Escrevendo o que acredito,
Aconchegado no bonito!

As sementes estão germinando.
A paixão segue, progressivamente, me orientando.
Ternamente, me amparando.
Apaixonadamente, me encantando.



"Uma tigresa de unas negras"




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