quarta-feira, 11 de março de 2015

Calos


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Gostaria, imensamente, de chorar menos.

É um desgastante exagero,

Mas, o impacto

Vindo de todos os lados

Das janelas abertas da consciência

Afetam-me sobremaneira a cadência.

 

Perco o rebolado.

Tropeço em meus calos.

Fico desnorteado

Com tudo que vejo mal acabado,

Improvisado,

Deturpado!

 

Já não me preocupo com meu destino.

Já redigi a partitura de meus sinos.

O que mais me aflige é o sofrimento alheio

Empesteando o que era para ser um campo de centeio.

O que quero para mim, quero para todos.

Gosto, realmente, de ver a felicidade nos rostos.

Não, apenas, uns poucos.

Mas, todos.

 

Quando vejo os discursos dos líderes mundiais,

Os que assim se pensam,

Embora não pensem,

Só nos atentem,

Nem espiritualmente se pareçam

Com alguma possibilidade

De coletiva felicidade,

Assusto-me com as saídas abismais

Propostas pelas economias lógicas,

Humanamente ilógicas.

Eles sacrificam suas populações

Para garantirem seus elitistas escalões.

 

É preciso, de verdade, mudar o foco

Para o humano polo.
 
 
 
 
 
Toquinho, Vinícius e Bethânia

 
 
 
 
 

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