Fui obrigado, pelas terríveis circunstâncias,
A tirar as estacas que me sustentavam o mundo.
Vamos ver se ele aguenta.
Agora, só a Poesia o sustenta,
Em todas as instâncias.
Creio que, no fundo,
Eu mesmo quis essa mudança no original roteiro.
Encontro-me no topo de meu outeiro.
Quero pela última vez, me testar,
Sem ter que aterrizar.
Adquiri certa confiança em mim,
Para escrever o mais adequado fim.
Nunca me senti tão afastado,
Do desnorteado gado.
Para melhor contribuir com a próxima mudança,
Estou tendo que criar outros passos
Para a nova dança,
Que deverá, obrigatoriamente,
Necessariamente,
Surpreender.
Sinto que alguns de meus traços
Não foram levados à sério.
Daí a transformação nos critérios,
Nos créditos,
De meus espaciais séquitos.
Não quero deixar dúvidas,
Nem súplicas.
Minha praia sempre foi apresentar soluções,
Possíveis,
Sensíveis,
A todas as inevitáveis transformações.
"Eu desço da solidão"
https://www.youtube.com/watch?v=0jy6gqPxnjU
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