domingo, 20 de abril de 2014

Ninguém Saberá os Sórdidos Detalhes


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Desta vez farei diferente.
Quando tudo passar,
Quando a tormenta acabar,
Não contarei pra toda a gente,
O que tenho passado,
O que passei.
Desta vez, tudo foi pesado demais.
Triste demais.
Ninguém merece passar comigo,
O que quase me tirou do destino.
Ainda não sei como sairei dessa.
Apenas, ainda brilha minha lírica aquarela.
O sinal de vida em mim.
Meu melhor, enfim.
Enquanto houver poesia,
Haverá minha melodia.
Há oito anos é só o que importa.
A matéria prima de minha corda.

É a primeira vez que sofro em silêncio.
Embora esteja alto, o incêndio,
Ninguém percebeu.
Ninguém está percebendo,
O tanto que meu céu escureceu.
Ainda assim, continuo escrevendo,
Como sempre escrevi,
Sobre o que percebi.
Continuo defendendo a alegria,
Como a ideal alegoria.
Privilégio que só desfruto em meu ofício.
Quanto ao resto, tenho apenas, pálidos indícios.





"Dá-me leveza nas mãos"
https://www.youtube.com/watch?v=tgVbDc2QlbA







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