terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Heróico















 




Por vezes,
E, já foram tantas vezes,
Me desespero com a estreiteza do fio...
... Este excesso de frio!
Como é que alguém pode viver assim,
Sem, materialmente,
Sonoramente, 
Ouvir de algum lado, um Sim!

Pior ainda, quando o exercício

Do tempestuoso ofício,
Obriga a se sensibilizar
Dia a dia
A cada poesia,
Para continuar percebendo
E escrevendo.
Transcrevendo
O que vou compreendendo...

Mas, o desastre, é quando essa compreensão,

Bate de frente, 
Violentamente,
Com essa obtusa ilusão.
Se houver genuína preocupação,
Para com a multidão,
O sofrimento é certo.
Causticante deserto.

É quando o tal fio se estreita

E a alma não se ajeita...
Transborda
E, convulsivamente, chora.

Porém, estranhamente não para.

Sofre, descabela-se,
Estraçalha-se, estilhaça-se
E se cala.
Respira fundo.
Avalia rapidamente,
Mas minuciosamente,
O que sobrou de seu mundo.

Não olha pra baixo e segue,

Poetando,
Versejando,
Como se estivesse leve.




Mais uma vez, tenho que recorrer a esta canção:
http://www.youtube.com/watch?v=T4M2gbqGeJM







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