quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Assoberbado - (Coitado!)






Cautela com aquele que não tem tempo para si próprio.
Aquele para quem o trabalho é o ópio.
A fuga,
Por medo de não refletir a altura.

Quem não consegue parar em casa,
Não tem como cuidar da emocional asa.
Quem não consegue ficar sozinho,
Desconhece o conceito de ninho.
Sua importância
Junto à afetiva ressonância.
Dentro da correria do capitalismo,
Não é possível auscultar o cerne do juízo.
Tudo fica propositalmente confuso.
Intencionalmente difuso.

Essa falta de intimidade
Com a pessoal espiritualidade,
Por parte da personalidade,
Mantém a criatura cega,
Com relação à universal meta.
Reduz a vida ao dinheiro,
Que não passa de um esgotado tinteiro.
Poupa de toda e qualquer aproximação
Com o ponto mais interessante da Criação:
O enlevo.
O lírico sustento,
Sem o qual não passamos de zumbis
De comportamentos, em nada sutis.



Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=Ah13it3LFYw




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