domingo, 21 de outubro de 2012

Interpretações Sísmicas






É incrível como chego tão perto...
Tão perto!
Mas, nunca vinga,
Nunca acontece, nunca vira!
Ao mesmo tempo não dá pra desistir,
Afinal, faltou tão pouco.
Eita! É pra deixar louco!
Abala, desnecessariamente, o prosseguir.

Há de se fazer aquela parada obrigatória,
Para reconhecer a rotatória...
Afinal, a cabeça ficou zonza com a possibilidade
De íntima cumplicidade!!!
...Perde-se o foco, involuntariamente.
Sente-se aquela falta de colo, naturalmente.
Em mim, só passa,
Quando a poesia me devassa.

Passa à frente,
Impunemente,
Levando-me aos cantos encantados do mundo,
Onde o amor é visível de tão profundo...
Profundo, de tão praticado,
De tão bem exercitado...
Sem as terríveis consequências,
Que atravessam as atuais cadências.

Então, suspiro...
Fico quietinho e rio...
Saboreando as travessuras
Da altura!
Devem ser estas lentes líricas,
Com suas interpretações sísmicas,
Arrebatadas,
Assanhadas!




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