sexta-feira, 10 de junho de 2011

Canto de Cura





Hoje, quero cantar pequeno,
De um modo bem sereno...
Uma música suave,
Para amenizar o que me arde.

Som de mar calmo,
Admirando o alto...
Falando dos sentimentos todos,
Como gostam de fazer, os loucos...

Sem exageros,
Ou inúteis apelos!
Uma espécie de concordância,
Longe de ressonâncias.

Um canto preciso,
Conciso,
Rico,
Bonito!

Do tipo que comove,
Que não se encolhe...
Que remove
E não tolhe!

Ao contrário, alivia
A subida,
Que, de súbito, mostrou-se escorregadia,
Incomodamente sozinha...

Quero que a voz,
Desate-me os últimos nós.
Quero que me absolva
E remova!

Que me leve de volta pra casa
E cuide de minha asa...
Ferida pela cegueira da ambição,
Que cegou um coração.

Quero um canto de cura,
Que me devolva à devida altura,
De minha capacidade de afeição,
Que insiste em contaminar a vastidão.



Vídeo indicado
All at Once
Jack Johnson
http://www.youtube.com/watch?v=E7ERQlRj9YA


3 comentários:

MARCUS MURYEL disse...

...veio casual mas auspicioso, porque HOJE EU QUERO CANTAR, mas... se assim não fosse... uma sugestão IRRECUSÁVEL!!! As imagens quase soltas (vivas) gigantes só demarcaram ainda mais sua grandiosidade nas palavras em versos... obg por este bom dia estimado poeta... parabéns!!!... e eu SEMPRE QUERO que cuidem de minha asa rs...

Anônimo disse...

Plenitude e muito convicção neste poema lindíssimo Cláudio. Parabéns!

Toninho disse...

E cantou um lindo canto vasto de magia e poesia de grande valor.A imagem da estrada parece me engolir e levar para um lugar chamado esperanças.E eu vou amigo.
Um abração de toda paz.