segunda-feira, 14 de março de 2011

Pouco




É pouco, o material que preciso para sustentar minha fantasia.
Simples na alegoria,
Mas rica no enredo...
Todo elaborado para o enlevo.

A minha embarcação é feita em criatividade,
Em extrema afetividade!
Quase, que, praticamente, autosustentável...
Basicamente, reciclável!
Confesso que não é muito estável,
Mas é de uma honestidade louvável.

Está sempre aberta aos viajantes,
Que prezam apenas, as emoções relevantes.
Aos que são aceitavelmente inconstantes,
Porém, nunca, relutantes...
Aos que não temem a paixão,
Aos que aspiram à vastidão.
Aos que fazem do respeito,
Seu sagrado leito.

Comandando as velas está o infinito,
O senhor do infinitivo.
O princípio de tudo,
O primeiro impulso!
O que, de tão visível, não se vê.
O que, de tão incrível, só se crê.
O bem primeiro.
O sentimento derradeiro.
O inaudível som,
O imperceptível tom!

Um vento bom, carinhoso,
Um pouco dengoso,
É o suficiente,
Para ativar minha mente,
Em sua propulsão maluca,
Que, sempre, me catapulta.
Tenho propensão à aventura.
Devoção à altura.
Faço questão de um bom final
Para essa sinfonia celestial,
Sem igual,
Excepcional!!





Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=5arwbH3Sj9I

2 comentários:

Caca disse...

Na trilogia do Gil Vicente, a sua embarcação seria hoje, a Barca da Glória. Que bonito, meu amigo!
PS: E essa Jussara Silveira (que eu não conhecia), que voz maravilhosa, hein? A canção também. meu abraço. Paz e bem.

Toninho disse...

Tão visivel e tao incrivel, és de uma inspiração realmente acelerada nesta visão cosmica e transcendental,que faz impulsionar os momentos no sentido da beleza da enlevação que tanto lhe faz bem e nos proporciona momentos de prazer nestas leituras de nós.Meu amigo parabens neste dia dedicado a Poesia,que é voce no todo.Linda musica e voz.