sábado, 12 de março de 2011

Por Ser Enlevado




Fico imaginando se as pessoas sentem como eu.
Se, dentro delas, cresceu
Esse gêiser de sentimentos,
Sensações,
Arrebatamentos,
Emoções,
Incessantes...
Absurdamente arrepiantes!

Gostaria de saber, comprovadamente,
Se vivem nessa intensidade,
Que flerta, descaradamente,
Com a insanidade.
Onde tudo,
Além de ser extremamente muito,
Bate fundo,
No mais profundo...

Na essência
Da existência
E altera
Todas as regras...
Tira tudo do lugar.
Obriga a repensar,
A reorganizar
O que estava a se desgastar...

Põe pra respirar...
Inunda de oxigênio
E de criativas alegorias,
A interna melodia
E o seu portentoso compêndio!
Abala todas as certezas
Em nome de alvissareiras nobrezas.
Dá vontade de, para cima, olhar...

De sair pela rua cantando
Afinadamente
E abraçando
Indiscriminadamente!
Desperta aquela exuberância interior,
Impossível de ser reproduzida no exterior...
A não ser pela beleza de uma tarde,
Ou de uma autêntica manifestação de arte.

Do tipo que transmuta,
Que ajuda
A ascender,
A um outro tipo de viver,
Totalmente impávido,
De tão mágico!
Plenamente encantado,
De tão enlevado!





Vídeo indicado:
http://www.youtube.com/watch?v=6T4FYhHv8t8

Um comentário:

Antônio Lídio Gomes disse...

Claudio Poeta! Senti neste poema teus sentimentos adocicados com o esplendor de tua alma...
É como se um dia alvissareiro, numa bela manhã ensolarada, brilhasse sob teus caminhos, banhando-te de felicidades!
Já senti isso, esse extase, esse fragmento de felicidade! Pois é como se chegasse ao Nirvana, é como se o próprio universo brindasse minha vida com as cores da natureza. Se for isto, captei o sentimento poético exposto aqui.
Portanto, um abraço, parabéns.