domingo, 24 de outubro de 2010

Assunto Encerrado



Em minha alma não cabe mais dialogar,
Muito menos suportar,
A sombra da inescrupulosa manipulação
E sua consequente desolação.

Saturei desse jogo de mentiras,
Todas tão irresponsáveis,
Quanto impraticáveis.
Estão aí os resultados
De seus escorregadios laços:
Um tosco mundo,
Exageradamente carregado no obscuro,
Tendo como aditivo a ira...

As fraudes estão tão institucionalizadas,
Tão desastrosamente enraizadas,
Que se pensam verdades!
Induzem ao autoconvencimento,
Por se acharem pertencentes à realidade.
Criam uma expectativa que termina em abatimento.
Apresentam-se como atalhos,
Sendo que não passam de fundos buracos...

Iludir-se é tão criminoso,
Quando pastoso!
É a pior manipulação,
A mais terrível solidão!
Enganar tanto ao ponto
De estampar no próprio rosto
A distorção da realidade.
É uma temeridade.

Apostar na própria mentira,
Chegando mesmo a vesti-la,
A incorporá-la,
A, plenamente, vivenciá-la...
Acreditar em sua falsa existência,
Pode acabar convencendo a própria consciência,
Adormecendo-a!
Corrompendo-a!

Assimilar uma inverdade
Não há torna realidade.
O usuário se convence de sua materialidade,
Mas não, a eternidade.
Essa sabe, exatamente, quem somos,
Os recursos de que dispomos.
Qualquer distorcida atuação,
É relegada ao plano da escuridão!

Impossível enganar o Universo!
Inútil retrocesso,
Que demonstra uma estúpida arrogância,
Uma irreconciliável impedância...
Uma imaturidade,
Que beira à brutalidade.
Seja qual for a verdade,
Pertence a ela a realidade.




Tomara que esse texto traga de volta
A indignação de meu amigo Antonio Gusmão
Ansilgus
Soterrado pela dor da perda do irmão


Vídeo recomendado:

http://www.youtube.com/watch?v=WCPMCDBcgn8&feature=related

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