sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pausa




Em meio às antológicas dificuldades que venho enfrentando,
Uma pequena pausa é o que vem despontando.
Estou parando para respirar,
Para tentar me recuperar,
Do tamanho desgaste a que tenho sido submetido,
E, que tanto tem me abatido,
Tem me reduzido,
Consumido...

Uma fase que para ser considerada ruim,
Teria que melhorar...
Ridícula, repetitiva,
Tremendamente aflitiva,
Com ares de fim...
Um momento para ser esquecido,
De tão sem sentido;
Majoritariamente destrutivo,
De tão negativo!
Estava difícil de respirar...

Agora, consegui apanhar o fio
Para reorganizar o novelo,
Para seguir com meu enredo.
Uma pausa para os pulmões,
Para serem reorganizadas as sensações,
Para acender o último pavio,
Antes de fechar as janelas,
Içar as velas
E ir ter com o mar,
Que não se cansa de me chamar.

A cada volta da tempestade,
Fico mais próximo do Norte,
Mais íntimo da sorte...
Mais valorizo a tranquilidade.
Mais me asseguro do sonho,
Estampado em meu corpo;
Mais acredito na perenidade,
Contida nos passos evolutivos,
Na necessária serenidade,
Para assimilar o construtivo.

Sei que ainda falta muito,
Para terminar de reformar o meu mundo.
Mas, acredito piamente,
Conscientemente,
Que o terrorismo psicológico acabou.
O pior, já passou!
Eu sobrevivi
Em poesia, até aqui.
Não há medo que me faça retroceder.
A noite ensaia amanhecer.

Mas, agora preciso me recostar
E descansar...



Vídeo recomendado:

http://www.youtube.com/watch?v=rrk0Bi7RwJU&feature

Um comentário:

Toninho disse...

Uma travessia ardua, que faz olhar para frente, que faz sonhar com colo, que faz sonhar com uma casinha no campo, uma jangada jogada ao mar, numa ilha distante.Força poeta, no caminho que nso fará chegar perto lá ond eo Deus possa nos ouvir e dirigir os caminhos. Um abraço e muita luz com suas belas profundas poesias.