quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mais Cuidado




É incrível como insistimos em antecipar
E identificar
O que vai no pensamento alheio,
A partir de nosso esteio,
A partir de nossos códigos.
Francamente, nem sempre tão lógicos...
A partir das conclusões
Das nossas sensações.
Soa como se detivéssemos a verdadeira verdade!
Como se o outro não tivesse personalidade.

Concordo que existem sim, os estereótipos,
Aparelhados com o mesmo sensor óptico...
Existem os arquétipos,
Com seus conjuntos de conceitos éticos.
E o mais comum: existe o gado,
Milimetricamente condicionado,
Sem códigos realmente próprios,
Dependentes de todas as variações de ópio.
Esses todos são sim, previsíveis!
Mas, quando nos deparamos com os sensíveis...

É preciso trocar o arquivo,
A ponta do crivo.
O assunto é outro,
Lê-se no rosto...
É desatino querer aplicar neles,
O que mantém os outros nas redes...
Os mesmos clichês, as mesmas frases feitas,
As esgotadas receitas,
O conselho pronto,
Que já passou do ponto.

Necessário se faz aguçar os sentidos,
Abdicar do juízo,
Do conhecido,
Do estabelecido...
Deve-se buscar o que foi esquecido.
O que estava adormecido.
O prazer maior,
O aroma bom ao redor...
Nunca a mediocridade.
Sempre a luminosidade!

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