quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lamentável




A mulher que se deixa secar,
Sem perceber,
Pela perda de uma obsessão,
Um híbrido de paixão,
Deixa de viver.
Passa a vegetar.
Abusa do direito de ser inconveniente,
Com seu argumento insuportavelmente carente.

Adota uma postura agressiva,
Justifica que está na defensiva...
Reclama da ausência de ternura,
Esquece que só faz espalhar amargura.
Acredita que pode tratar mal a todos,
Porque no fundo,
Culpa o mundo,
Pelos seus tombos.

Foge de si mesma,
Com velocidade e destreza.
Sapateia, numa atitude mimada,
Conduta mais que inadequada,
Sobre suas próprias sementes,
Aniquilando completamente,
Qualquer possibilidade de relacionamento.
É insano seu depoimento.

Desconhece a gratidão.
Virou defensora da retidão.
Polícia de comportamento.
Não se percebe totalmente desabonada,
Molecularmente desacreditada,
Para proferir julgamentos.
Literalmente, não se enxerga.
É lamentável sua conversa.

A mulher que seca:

- Desobedece a natureza.
Manifesta sua soberba.

- Atira no próprio pé.
Perde a fé.

- Junto com a libido,
Lá se vai o juízo...

- Represa em si,
O seu melhor fluir...

- PECA!

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