terça-feira, 8 de junho de 2010

Janela da Serra



Tenho, em mim, uma janela de onde aprecio o mundo
E me deslumbro...

Indiscretamente mágica,
Ela edita as cenas mais ávidas,
Mais interessantes,
As mais deslumbrantes.

Lugar de paz,
Que muito me apraz.
Fonte de inspiração,
Colírio para a visão,
Extrai beleza da tempestade,
O aroma da tranquilidade.

Dentro de sua moldura,
Postam-se os recados da altura.
Enaltecem-se os caprichos da natureza,
Quebram-se todas as certezas.
Imprimem-se os versos da alma.
É imperturbável, a calma...
Exibem-se goiabeiras
E jabuticabeiras.

A serra do mar, ao fundo,
Toca-me no mais profundo.
Enaltece a harmonia,
Eleva a poesia,
A um patamar seguro,
Acima de todos os muros,
De toda banalidade,
De qualquer mediocridade.
A não repetição de seus desenhos,
Homologa o seu empenho.

É de uma perfeição, que não só espanta,
Como não cansa.
A sua total disponibilidade,
Assegura-me a tranquilidade
Que preciso,
Para não exagerar no juízo.
Conforta-me.
Comporta-me!
Elimina os ardis,
Com a elegância dos colibris.
Espaço mais que sagrado,
Para um peito alucinado...


Dedico esse texto ao meu amigo/irmão/parceiro musical,
O excepcional músico Louis Plessier!

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