terça-feira, 1 de junho de 2010

Isenção




Se, ao menos, eu pudesse ver você agora,
Em meio a essa tormenta que se demora,
Ah! Como me aliviaria!
Com que rapidez me recomporia!
Ver você é isenção.
É a vida me pedindo perdão...

Seria tão mais fácil respirar,
Se, sua imagem eu pudesse fitar,
Ainda que brevemente,
Ainda que no meio de toda a gente.
Já não me importa mais,
Esconder-me atrás dos castiçais.

De minha parte, pago pra ver
Pra deixar acontecer,
Pra ver o nosso sol nascer
E, finalmente nos aquecer.
Fartei-me do frio,
Do qual, aliás, nunca fui amigo.

Quero o calor da sua sentença.
Sua presença
Intensa!
Em mim, imensa.
União dos pólos.
Sua cabeça em meu colo!

Já adiamos por demais o nosso ninho.
Floresce exuberante nosso caminho.
Vou lhe apresentar um novo sentido
Para a palavra carinho.
Talvez, também para os vocábulos: luminosidade
E cumplicidade.

Quero que você experimente uma felicidade,
Calcada, antes de tudo, em afetividade.
A base mais apropriada,
Para se dividir uma caminhada.
Não, não quero que você se anule,
Ou se sobrepuje.

Quero que você me veja como sou:
O porto em que você ancorou.
O navio em que você embarcou.
O mar em que você se encontrou.
O peito em que você apostou.
O sorriso com o qual você acordou.

A companhia na qual você decolou...

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