sexta-feira, 14 de maio de 2010

Gente Simples




Faço questão nenhuma de diploma,
De qualquer tipo de pompa,
Que desague em vaidade,
Ou em crença de superioridade.

O estudo propicia ao homem usar a inteligência
Contra si próprio.
Autoconvence-se com fortes argumentos,
Sobre a direção do seu comportamento.
Deixando assim, os fatores evolutivos
Aos sinceros cuidados da negligência.
Polariza o conhecimento no negativo,
Criando um círculo de infelicidade,
Por absoluta falta de sinceridade,
Justificando o seu debruçar sobre o ópio...
Sobre o ócio,
O uso cada vez mais indevido do ódio!

Ao invés de usar a intelectualidade,
Para aprimorar a personalidade,
Para ser uma pessoa melhor,
Para focar num horizonte maior,
Falsifica um discurso,
Desviando sua embarcação
Do seu cósmico curso,
Que é a espiritual evolução.

Por desconhecer os prazeres dessa senda,
Por não ter ideia de quem realmente seja,
Emprega o que conseguiu aprender,
Para se esconder.

Normalmente, não assume que precisa de ajuda.
Enfia-se em desastrosos relacionamentos,
Fadados a deslizamentos.
Segue hipnotizado pelo dinheiro,
Sem escutar o travesseiro.
Coloca no destino toda a culpa
De sua frustração,
Da sua destrutiva solidão.
Caminha sem saber para onde ir,
Sem perceber o que está fazendo no planeta.
Complica-se com o profundo sentir,
Ignora as universais certezas.

Já as pessoas mais simples, são mais autênticas,
Nada têm de transgênicas,
São o que são.
Respeitam o chão.
Valorizam os pequenos momentos,
Como se fossem presentes sagrados.
São palpáveis os seus sentimentos,
Verdadeiros e carinhosos os seus agrados.
Não se esquecem de agradecer,
Têm uma invejável disposição.
Reverenciam, à sua maneira, a Criação.
Têm um incontestável prazer...

De viver!

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