terça-feira, 27 de abril de 2010

Estampado no Horizonte




A ideia não é cair...
É se jogar
Na vida!

Situações bastante diferentes,
Com motivações divergentes,
Que produzem resultados,
Incontestavelmente, diversificados.

Na primeira, o indivíduo meio que sem opção,
Acaba optando pela adesão,
Após muito se debater
De tentar fazer prevalecer
A sua ilusão,
Acaba soltando as garras da margem,
Deixando-se, finalmente, levar pela Viagem.

Na segunda, o elemento para, analisa,
Internaliza o benefício da brisa.
Levanta a cabeça para ver o céu,
Permitindo, nesse instante, a queda do véu,
Respira fundo,
Agradece ao mundo,
Essa sagrada oportunidade
E salta com tranquilidade.

A primeira é acidental,
Única saída,
É demorada a adaptação...
Sempre aparece uma contestação,
Uma ilusão
De frustração...
Esse quadro acaba se diluindo,
À medida que vai se caindo...

A segunda é intencional,
Passional,
Nela, confia-se nas surpresas,
Arrepia-se com as belezas,
Mergulha-se em tonéis de bem-querer!
Desnuda-se, com espontaneidade, o ser...
Desperta-se o servir,
Ilumina-se o sorrir.

Ao se atirar nesse etéreo rio,
Sem se deixar aprisionar,
Embaraçar
Pelas margens, incrivelmente floridas,
De sombras convidativas,
Indo direto ao meio
Do leito,
A acolhida
É, no peito, sentida.

Faz toda a diferença!
Suaviza a sentença.
Aproveita-se mais,
Vive-se mais!
Assimila-se o convergente,
Adota-se o abrangente...
Entende-se um pouco melhor.
Apreende-se o maior!
Dilui-se poeticamente, na fonte,
Estampando-se serenamente, no horizonte!

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