terça-feira, 30 de março de 2010

De La Mancha II



Tomei coragem!
Enfrentei
E derrubei
Mais um moinho,
Que estava no meu caminho,
Desde sempre...
Incomodando, rente!
Tamanho descomunal...
Rugido bestial!
Terrível visagem...

Quando cheguei perto,
Armado apenas, com o meu certo,
Vi que ele foi se encolhendo.
Foi se recolhendo
E desapareceu...
No rastro de breu,
Deixado pelo medo,
Em seu absurdo enredo,
Antes de ser expulso
Do meu pulso...

Sinto um orgulho quixotesco.
Acredito um pouco mais, no meu arabesco!
Sei que será para sempre assim:
Desbravando até o fim
Os peitos áridos,
Os sonhos mais ávidos.
Quero que se acenda a luminosidade
De toda a humanidade.
Ao invés do desastre,
Acredito na vitória avassaladora da Arte.

Ah! Vai ser lindo, quando estivermos todos despertos,
Caminhando de mãos dadas, semeando todos os desertos.
Pacificados,
Serenizados,
Bem resolvidos,
Com todos os sentidos desenvolvidos.
Envoltos numa névoa dourada,
Suavemente perfumada.
Sonho extremo!
Desejo Supremo!

3 comentários:

MARIO ROGERIO FEIJO disse...

Muito bonito... Parabéns! Seus textos têm qualidade! Um abraço

Flor da Vida (Suelzy Quinta) disse...

Meu amigo, quero participar dessa felicidade sem tamanho... Sua poesia é magnífica! Parabéns poeta!!! Suelzy

Caca disse...

Um poema épico, mas de uma verdade e beleza líricas. Assim é que bom, amigão! Abração. Paz e bem.