sábado, 20 de março de 2010

Ciclone Poético




Gostaria que o tempo que ainda tenho,
Desejo no qual, explicitamente me empenho,
Fosse assim como um ciclone,
Só que positivo,
Calmo,
Onde todos se encontrassem a salvo.

Ou seja: por onde passasse,
Implacavelmente arrasasse
Com o destrutivo,
Com o abusivo,
Com o enganoso,
Com o, desnecessariamente penoso.

Munido apenas, pela própria luminosidade,
Atingiria até aos cantos mais obscuros das cidades,
Livrando-as de todos os enganos,
Tornando seus habitantes,
Ainda retumbantes replicantes,
Em soberanos!

... Algo que se alimentasse,
Com a tranquilidade que espalhasse,
Através do conhecimento,
Contido nos sentimentos
De cada verso;
No relato poético de cada reverso.

Ventos rimados,
Naturalmente perfumados,
Varreriam a ilusão
Da materialidade.
Esparramariam inspiração
E sensibilidade.

Uma chuva morna, aconchegante,
Lavaria tudo que fosse relutante...
Tudo que não se garantisse,
Tudo que não se permitisse...
Germinando as melhores sementes:
As persistentes...
As mais resistentes,
Exatamente por serem consistentes.
Aquelas que carregam em seu ventre
A potencialidade,
As possibilidades
Do próximo nascente!

Gostaria de ser portador
Da enriquecedora,
Da enternecedora
Dádiva,
Ávida,
De emanar harmonia,
Através da alegria,

Vestida em poesia.


Esse texto foi inspirado como presente de aniversário para a insubstituível Conceição, que aniversaria junto com sua alter ego Regina Mara Barbosa!


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