terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vento-Brisa


À medida que me aproximo do abismo,
Vou sentindo no rosto um vento agradável,
Vez em quando,
Como se fosse um hiato,
Na luta constante contra o pranto...
No permanente abalo,
Na preocupante ausência do estável,
Em que vivo.

Esse vento-brisa,
Pura magia,
Refresca a pele.
Deixa a mente leve...
Relaxa os tendões,
Ameniza as interpelações...
Ajusta os sentidos.
Hora do intervalo para o juízo.

Sob sua egrégora invisível,
Mergulho no mais sensível...
Alinho meus chackras,
Purifico minhas águas...
Reforço a confiança
Na universal balança...
Aquela que não se cansa
De processar esperança.

São momentos até que rápidos,
Mas, chegam tão ávidos,
Que se eternizam
Feito canções
E se cristalizam,
Emoldurando inesquecíveis sensações,
Na memória da senda...
Origem de toda e qualquer lenda.

Um prazer raro,
Dentro de um momento tão escasso,
Que faz a perna parar de tremer...
Faz o estômago parar de gemer...
A mente, naturalmente, se cala
E a emoção, espontaneamente assume,
Banhada em estranho lume,
Em traje de gala.

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