domingo, 28 de fevereiro de 2010

Alta Velocidade

As mudanças estão se acelerando.
Parece que, de repente,
Tudo ficou urgente.
Os fatos estão se atropelando.

Não só a mentalidade está avançando,
Como o planeta também está se reacomodando.
Dados simultâneos,
Alguns com efeitos instantâneos!

Há muito a Terra não gritava tão alto.
Não bradava o seu sobressalto,
A sua indignação,
Perante a humana devastação.

Encurralou o homem em sua arrogância.
Deixou clara a sua ignorância,
A sua cegueira,
Perante a atual ribanceira...

Roubou-lhe todas as opções,
Exceto a de rever a sua postura,
Sob pena de histórica ruptura...
Trouxe à tona o absurdo de suas decisões...

Está pondo por terra antigos conceitos
Sobre progresso,
Sobre o preço do social acesso,
Obtido por insensatos meios...

Desmascarou o que a humanidade
Entendia por sucesso.
Estampou em sua crosta a brutalidade,
Com que vem sendo tratados os seus processos...

Tão delicados!
Todos tão sincronizados!
Tudo tão bem elaborado,
Que não pode ser moldado
Pelos desejos humanos.
A maioria, incontestavelmente, insanos!

O, agora inegável, aquecimento global,
Esse calor surreal!
Os movimentos das placas tectônicas,
Que deixam as populações atônitas...
As tsunâmicas marés,
Que arranham todas as manifestações de fé.
O medo do que está por vir!
A incerteza ao fundo do sorrir...

Esse conjunto de dados,
Está obrigando ao homem reposicionar
O seu pensamento,
O seu enraizado e superado argumento.
Todas as relações estão sendo revistas.
Brota um novo ponto de vista,
Despretensioso,
Avesso a tudo que soe preconceituoso.
Mais liberto,
Bem mais aberto.
Muito mais inclusivo,
Mais positivo!
Menos egoísta,
Bem mais altruísta!

Estamos levantando a cabeça.
Estamos nos abrindo para as cósmicas certezas.

Ainda bem!
Chegou a hora de irmos além...

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