sábado, 6 de fevereiro de 2010

Absoluto em Mim



Nesse exato momento,
Todo o meu ser pulsa sentimento.

Tudo está me impactando,
De forma avassaladora,
Um tanto quanto constrangedora.
Sinto-me queimando,
Ardendo,
Irrompendo...

Sempre fui sensível, mas, nos últimos tempos,
Vivo em ininterrupto arrebatamento!
Olho à minha volta
E percebo uma invisível escolta...
Disponho também de alguns poucos amigos,
Que se esforçam para me acompanhar,
Para me proporcionar abrigo
De algum possível e provável perigo.

É como se eu fosse só coração,
Como se ele estivesse determinando a situação,
Sozinho,
Escolhendo e abrindo o caminho,
De acordo com seu critério
E todo seu mistério.
Uma experiência absolutamente intensa,
Abusadamente imensa.

Tenho constantes tremores,
Com diversificados sabores...
É um impacto seguido a outro
E as lágrimas escorrem pelo rosto,
Imponderáveis,
Indecifráveis!
Não são exatamente de tristeza,
Talvez, sejam um retorno à leveza.

O fato é que nunca tinha visto o mundo assim...
Inteiro, absoluto em mim!
Como se efetivamente, tudo me dissesse respeito,
Inundando e expandindo o peito.
Vejo as coisas como nunca tinha visto...
Sinto-as como se nunca tivesse sentido!
Os dados estão sofrendo um reposicionamento.
Parece até um renascimento!

Não sei, ao certo, aonde isso vai me levar.
Estou certo que preciso continuar.
Já passei do último retorno...
Agora é explorar esse novo contorno,
Essa alucinada forma de perceber.
De querer devorar o viver,
Do alto da corda sobre o abismo,
Esticada com emoção e preciosismo.

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