sábado, 30 de janeiro de 2010

Só Lenda



Ah! Só rindo...
O rumo que as coisas estão seguindo...
Francamente!
Se fui o autor desse roteiro,
Prometo que esse é o último e o primeiro...
Honestamente!
Será que ninguém percebeu a complexidade da trama,
O excesso de crueldade no drama?

Mas, deixa estar...
Eu vou desenrolar.
Vou me virar
E me ajeitar...
Vou até caprichar
Para assim, me livrar
Da instabilidade,
Que ameaça a sanidade.

Essa é o último aperto.
Fechei-me o cerco.
Não admito mais tanta dificuldade.
Após a tempestade,
Vou me cercar de tranquilidade,
Vestida em simplicidade.
Vou me aprumar,
Para, em grande estilo, decolar...

Farei um favor a quem me aperta,
Seguirei para longe, em linha reta.
Sem deixar rastro,
Só lenda...
Assumi meu lema!
Espalhá-lo-ei pelo espaço,
Através de versos,
Intensos de tão confessos...

Quero distância das suas garras,
Da sua insanidade,
Da sua falsidade,
Da sua avareza,
Da sua infinita pobreza...
São bem outras, as minhas taras...
Esse tempo todo, o seu comportamento,
Foi só desalento.

Para escrever tive que me lapidar,
Não posso mais, com você, brincar de tortura...
Tenho compromisso com a altura.
Nem tente me rastrear,
Estarei inacessível à sua frequência,
Transmitindo para outra audiência,
Que há de levar a sério meu relevo
E, principalmente, que lerá o que escrevo.

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