segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sem Volta



Toda etapa final é complicada,
Arredia e delicada.
Ainda mais quando envolve tantos acontecimentos,
Tantos avassaladores sentimentos.

Dá vontade de desistir,
De entregar o jogo...
Parece que se passou do ponto.
Fica muito difícil prosseguir.

Fica a impressão que se acordou tarde demais,
Para atitudes mais radicais,
Para mudanças mais viscerais,
Para posturas mais liberais.

Os dados achatam-se,
Misturam-se,
Recusam-se a rolar,
Desandam a irritar...

Mas, só fazem confirmar
A grande prioridade que é: mudar!
Pela clara impossibilidade de continuar
Nesse consentido naufragar.

Esse é o meu momento:
Enrolado e lento, muito lento...
A sucessão de dificuldades
É um elogio à criatividade...

Sigo, não porque seja um guerrilheiro belicoso
Ou, heroicamente corajoso...
Sigo, porque não há retorno.
É o que grita o meu corpo.

Não sobrou outra opção
Aceitável ao meu coração,
Tão maculado,
Quanto alucinado.

Ele não desiste:
Insiste!
Às vezes, se altera,
Mas, logo se recupera.

Quer novos sabores,
Baianos humores...
Quer ouvir os celestiais rumores
E expandir os internos ardores.

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