terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Redirecionar a Fome



A todo instante!
A emissão precisa ser constante.
Pensamentos firmes e positivos,
Hão de dominar a massa mental,
De um jeito definitivo,
Numa vitória fenomenal.

Não podemos nos distrair
Para essa meta atingir:
Alavancar, de uma vez, a evolução da humanidade,
Sob os auspícios da eternidade.
Já patinamos,
Já nos atrasamos,
Muito por demais, nas ilusões materialistas,
Nos brinquedinhos hediondos capitalistas...

Chega o momento de virar a moeda,
De estancar a queda...
Está mais que na hora de olhar para cima,
De aprimorar a rima,
De mudar o rumo
E ir fundo
Nos valores universais.
Ouço já, os tambores celestiais...

Com a mesma fome com que caímos no capitalismo,
Que nos especializamos no cinismo,
Na famigerada manipulação
E sua consequente degradação,
Temos que abordar a espiritualidade,
Com toda imaginável humildade.
Abusamos da violência,
Amordaçando a consciência.

Agora temos que correr atrás da nossa lapidação,
Já que vivemos tanto tempo em danação.
Embrutecemo-nos,
Inferiorizamo-nos,
Em troca de vinténs...
E, fomos além:
Esmeramo-nos na agressividade,
Na indigesta falsidade.

Precisamos da soberania da verdade,
Para recuperarmos a dignidade.
Precisamos reaprender a estender a mão,
E ao estendê-la, reconhecer o irmão.
Precisamos exterminar com as putrefatas instituições,
Que maculam nossas intenções.
Precisamos sim, zerar
E recomeçar!

Só que, dessa vez, um pouco melhor orientados
E, obsessivamente ensolarados!

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