segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Prenúncio



Cada situação adversa, em que se consegue manter o equilíbrio,
Faz aumentar o interno o viço,
Fortalece,
O processo evolutivo agradece.

Quando tudo parece querer fazer gritar,
Quando tudo está a desmoronar,
A incomodar,
A irritar,
A apertar,
A estrangular,
Mas, mesmo assim, conseguimos manter o trem da sanidade no trilho,
Progressivamente, é intensificado o interior brilho.

Sente-se mais forte,
Mais conectado com o Norte.
Fortalecem-se as fibras,
Iluminam-se as trilhas.
Aparece uma pitada sadia de orgulho,
Por ter evitado o insano mergulho,
Nas fraquezas humanas,
Por vezes, tão insanas...

Obviamente, nem sempre é possível resistir
À tentação de destruir,
De perseguir,
De desistir...
De devolver o sobressalto,
De mandar tudo para o alto,
De escancarar a verdade,
De desnudar toda a falsidade!

Entretanto, quando se vai para cima,
Quando tudo empurrava para baixo,
Enriquece-se a rima,
Surge uma força por debaixo...
Encaixa-se a coluna,
Preenche-se uma lacuna,
Fica mais fácil passar pelas fases,
Desponta um rosado nas faces.

Depara-se com um apetitoso gosto de vitória,
Digno de ser registrado na memória.
Uma sensação de bem estar,
Uma suavidade ao expressar,
Uma constatação de força,
Que há de nos livrar da egoísta forca...
Uma tranquilidade,
Que prenuncia a felicidade!

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