sábado, 9 de janeiro de 2010

Palha do Ninho



Promessas não me prendem mais,
Principalmente, as circunstanciais...
Aquelas que de tão oportunistas,
Arrepiam até os mais otimistas...
Consigo enxergar o que há por trás.
Sei do que o ser humano é capaz...
Não desacredito.
Mas, só acredito,
Depois do fato consumado,
Até então, permaneço quieto, calado.

As pessoas não pensam antes de falar,
De prometer,
De assegurar,
De comprometer.
A palavra está totalmente desvalorizada,
Absolutamente deturpada.
Não se reconhece mais o seu poder.
A banalização a faz retroceder...
O seu uso indevido
É um cósmico delito.

A agressão verbal
Pode ser tão letal
Quanto à física,
Quanto à química...
Pode torturar
Paralisar,
Castrar,
Invalidar...
Pode alterar o corpo emocional
De forma desproporcional.

Já a palavra amiga
Abriga,
Acolhe,
Recolhe,
Ampara,
Repara,
Conclama,
Aclama...

Não há mistério,
Nem segundo critério.
Não é ocasional,
Nem sazonal.
Não é negociável,
É inapelável.
Não é opcional
É racional.
Não é relativo,
É imperativo!

Não é cíclico,
É bíblico!

Com o que sai da boca, é preciso cuidado,
Muita atenção,
Para gerar bons resultados,
Para atrair o melhor do irmão!
Para conviver bem,
Para gostar de alguém...
Para se sentir respeitado,
Para se ver realizado...
A boa palavra abre caminho,
É a palha do ninho.

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