sábado, 2 de janeiro de 2010

01 de Janeiro de 2010



Uma manhã estranha,
Tacanha,
Com pássaros calados,
Acuados...
Todos os gatos
Arrepiados!
A serra encoberta,
Por uma nuvem indiscreta.

E chuva!
Muita chuva!
Só chuva!

Choveu a noite inteira.
Fez, novamente,
Cruelmente,
A cidade rolar suas ribanceiras...

Ficamos o dia todo, isolados,
Sem energia,
Desprovidos de alegria:
Estupefatos,
Devastadoramente alagados.

Estava de volta o infortúnio,
Em forma de dilúvio.

Os turistas, revoltados,
Querem ser reembolsados.
Afirmam que foram lesados,
Ao pagarem adiantado.
Os hoteleiros encurralados,
A tudo escutam calados.

Não há televisão
Nem pão...
Muito menos ilusão!

O sorriso desapareceu das ruas
Enlameadas e cruas!

Continua a chover
E a população, a se entristecer!

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