terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Liberto




Sou absolutamente fascinado, pela luz!
Nela reconheço minha essência,
Minha mais espontânea cadência...
A escuridão não me seduz.
E olhem que já a observei bem de perto...
Chegando a conclusão que isso não pode estar certo.
Por certo, quero dizer algo que propicie evolução,
Que nos aproxime intimamente da imensidão.

As trevas são repetitivas,
Sempre extremamente apelativas...
Acho muito chato aquele dramalhão todo,
A cara de perigoso no rosto...
Aquelas tolas manipulações,
As maquiavélicas traições...
O estúpido enaltecimento da dor,
O abominável culto ao horror...

A mim, dizem nada!
Enxergo uma ultrapassada barca furada...
Penso em: falta de originalidade,
Problemas sérios com a criatividade...
Uma perda de tempo,
Diante de um medíocre argumento,
Que já se mostrou um bom tirano,
Extremamente distante do ideal humano.

Sejamos francos!
Até hoje vivemos aos trancos,
Porque desperdiçamos nossa preciosa energia,
Com bobagens infantis,
Que só nos trazem mais e mais ardis.
Estamos nos deixando levar pela covardia!
Estamos usando um baralho marcado,
Não há como obter um bom resultado.

Já, sob a luminosidade,
A maior certeza,
É o poder majoritário da beleza...
A vida se espreguiça em tranquilidade!
A sensibilidade, confortavelmente, se amplia.
A criatividade, liberta, rodopia!
As cores se acendem,
Os pensamentos ascendem...

A diversão fica por conta de se estar vivo,
No mais abrangente sentido...
Desfrutando do prazer indescritível,
De se ter certeza do incrível...
Com o peito escancaradamente aberto,
Espontaneamente desperto,
Ineditamente liberto,
Como é o certo!

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