sábado, 7 de novembro de 2009

Esquecer-se





Sob o sol,
Abandono o confronto
E me encontro.

Deponho a tristeza,
Recupero alguma leveza.
Relevo o abatimento,
Altero o batimento.
Suavizo a expressão,
Entendo-me melhor com o chão.

Sob seu espaço,
Não me embaraço...
Alinho a coluna,
Temo coisa alguma.
A disposição cresce.
A afeição aparece,
Com sua melhor face...
Como se não bastasse,
O mundo explode em cores,
Em irresistíveis sabores.

Sob o sol,
A existência se encaixa,
A mente relaxa...
O ego dá um tempo,
Entra-se em outro segmento
Mais calmo, por isso mesmo revolucionário...
Mais raro, por isso menos arbitrário!

A pele muda de textura,
A paisagem revela-se como uma pintura...
As potencialidades são máximas,
As necessidades mínimas.
A consciência imprecisa,
Pelo caleidoscópio desliza...

Os músculos relaxados,
Pelos seus raios acariciados...

Perde-se a noção de tempo.

Elevam-se os sentimentos.

A existência se amplia...

É convocada a poesia!

Sob o sol,
Bom é se desprender
E se esquecer ...

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