quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Muro da Ilusão




Reduzir ao mínimo, as expectativas,
A zero, os desejos;
Deixar em aberto as alternativas,
Respeitando o plano central do enredo,
Parece-me a mais adequada equação,
Para sobreviver na atual ilusão.

O mundo está todo enrolado,
Vergonhosamente mal acabado,
Perdido em suas contradições,
Em suas armadilhas,
Em suas requintadas prisões,
Em suas solitárias ilhas.

O certo
Não é mais concreto.
O louvável,
Não é mais provável.
Nada está seguro,
À frente de tudo, há um muro.

Todo cuidado é pouco,
Já que o homem está meio louco,
Correndo sem sair do lugar,
Tomando remédio pra dormir e pra acordar.
É triste sua comédia.
Está viciado em tragédia...!

Nada é o que parece.
Tudo muda quando anoitece.
Não há espontaneidade,
No reino da inveja e da falsidade.
O afeto,
Tem como obstáculo, a preservação do teto.

Sacrifica-se tudo,
O bom que há no mundo,
Em nome de uma sobrevida,
Que, absolutamente, não é VIDA.
É um degrau abaixo,
No qual não me encaixo.

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