sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Morte em Vida


Todo relacionamento afetivo quando acaba,
Provoca uma espécie de ressaca,
Que varia de intensidade,
De acordo com a qualidade,
Do que se viveu,
Do que se semeou, do que acolheu.

O tipo de final,
É um dado fundamental
Para definir,
O que virá a seguir,
Variando entre os extremos do bom ou do ruim...
O que define isso é o gosto que fica no fim.

São muito raros, os casos
Em que ambos acabam serenizados.
O mais comum é alguém sair ferido,
Sentindo-se mortalmente traído,
Incomodado, desiludido,
Arrasado, perdido...

Atualmente, os relacionamentos pouco duram,
Das intempéries, abusam.
São rasos, fracos,
Ralos, opacos,
Competitivos,
Consequentemente destrutivos.

É norma, a pessoa que ficou destroçada,
Por um tempo, sentir-se arrasada,
Sem conseguir acreditar em alguém,
Com vontade de ninguém.
Ficar lambendo a ferida,
Reclamando da vida.

Mas, se essa criatura realmente conheceu o Amor,
Abandona cedo ou tarde a amargura.
Recupera-se e volta às águas da doçura.
Resgata o próprio ardor,
Acredita que, na verdade, valeu à pena
Não permite que sua alma se torne pequena.

Entretanto, se o contrariado foi o ego,
Que deixou o cidadão cego,
A ponto de viajar na impossibilidade,
Acreditando que seria capaz de mudá-la em felicidade...
Aí, o gosto amargo,
Tem um preço bem mais caro!

Porque, por tudo se espalha...
Passa por cima do bom senso.
É um infindável mau tempo.
A tudo deturpa e peca.
A afetividade seca.
E a vida encalha!

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