terça-feira, 1 de setembro de 2009

Enlevo



No estandarte etéreo da vida disseminada,
Em azul e dourado está escrito
O que não pode mais ser omitido.
O que de tão antigo,
Superou a idade.
De tão criativo
É o símbolo da simplicidade.

Aquilo que canta a alvorada
Em seus concertos matinais,
Magistrais!

Está na simetria
Da coreografia da revoada.

É o que conta cada onda que quebra.
Está na eloquência da serra,
Na fúria dos temporais,
Na placidez dos madrigais...

A matéria prima das colméias,
A originalidade das centopéias!

A chuva do sertão,
O calor do verão!

A estampa da neve
Está em tudo que enleve!

Na voz do cantor,
No peito do trovador,

A melhor intenção
A única redenção!

No avesso da ilusão,
Na fertilidade do chão.

Em todas as matas.
Em tudo que acata,
Que enlaça,
Que abraça.

No brilho do olho,
Em cada traço do rosto!

No sorriso,
Na perda do juízo!

No aconchego do ninho,
No carinho!

Transparece nas flores.
Inspira todas as cores!

Transpira no ar...

A habilidade de voar...

Está em todas as alas,
Em todas as asas.

Por dentro das paredes,
Nos nós das redes.

No claro e no escuro.
Nos dois lados do muro,
Por dentro,
No centro!

No conselho do vento,
Em todo e qualquer alento.

Na determinação do leme,
Na mão que treme,
Emocionada,
Na noite enluarada.

Na harmonia
Que inspira a poesia.

Em tudo o que se vê

O que se lê

É o celestial ardor:

O AMOR!!!!

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