sábado, 8 de agosto de 2009

Surpresa da Natureza




Em meio ao mangue semidevastado,
Pelas altas montanhas, guardado,

Uma árvore seca com seus galhos nus...

Visão que só ao predador faz jus.
À volta uma baixa e típica vegetação,
Para quebrar, um pouco, sua solidão.
Sob um sol morno, típico de inverno,
O céu de um azul terno...

Dezenas de urubus chegam
E nos braços secos se instalam
Ruidosamente,
Calculadamente.
Apenas um galho permanece livre.
Apontando para o céu, ele insiste,
Como se esperasse algo
Que lhe salvaria, vindo do alto.
Uma esperança irracional,
Só permitida ao suprasensorial.
.
De repente, o inconcebível acontece.
A razão arrefece.
Uma garça se aproxima,
Mudando todo o clima.
No galho solitário, ela pousa,
Com a tranquilidade de quem ousa.
Dá-se o imprevisto,
Nunca concebido:
A árvore vestida de negro,
Como a mente de quem tem medo,
Acolhendo a presença branca,
Espontaneidade tamanha,
Ilumina-s,.
Transforma-se.
Põe até os visitantes negros a brilhar,
Em meio a um espanto de arrepiar.

Com certeza, a cena possui um profundo significado

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